sexta-feira, 24 de abril de 2009




Conhece Carla Bruni?
Se me responder que é uma modelo nos anos 90, atual esposa de Sarkozy...



Só acertou metade.
Deixe um pouco de lado os escândalos e fofocas, e conheça a Carla cantora.

Ela que é praticamente desconhecida no Brasil, já teve musicas na trilha sonora de "Páginas da Vida" e "Belíssima".
Comparado à beleza da própria, "Quelqu'un m'a di" é um presente aos ouvidos, unindo o som do violão à voz quase sussurrada de Carla que praticamente "declama" suas letras.

Minha preferida é Raphäel :




Sem duvida, é a coisa mais linda e simples que eu já ouvi em toda minha vida.

Ouça e tire suas conclusões :D

Download Quelqu'un m'a di

Beijos, Nanda.

sábado, 18 de abril de 2009


Apresento-lhes em nome do meu parceiro de biritas e Le Parkour Gabriel "Gago" Alencar...

FAUNA UNDERGROUND

Para conhecer um pouco mais da fauna underground visite:

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Eu li um post irado no blog do Yce - LhaVeOGraNe - Clube do Bullying - e comentei sobre...

Esse foi meu comentário:


Pode crer mano...

Eu acho que você falou tudo... Existe uma responsabilidade grande, principalmente daqueles que formam opiniões como grandes ícones da música, cinema, e outras manifestações artísticas como você mesmo citou o 'clube da luta' que, me lembro bem, a gente viu 'trocando idéia', e que nesse caso faz o papel de questionar e passar novos conceitos ao telespectador! Enquanto isso... Outras manifestações estão embuídas de sexo, materialismo e ego passando isso pras pessoas, inclusive as crianças... É isso que a raça mais inteligente e racional do planetinha TERRA oferece para seus semelhantes?

Na minha opinião a gente sofre mesmo é um bullying F*DIDO desse mundo!

A partir daí eu comecei a lembrar que minha irmã de 9 anos me mostrou toda boba umas fotos com dedinho na boca e poses imitando algo como uma modelo da vogue (?)... Até aí não tem nada de errado, mas é o tipo de coisa que é incessantemente instigada pelos meios de comunicação e se torna cada vez mais normal... A questão não é ser feio ou não, mas eu não vi, por exemplo, ela se destacar em 'língua portuguesa' por influência da mídia, nem tirar uma nota boa na escola porque o novo grupo porno-idiota-musical(?) do momento incentivou as crianças a estudar em suas letras ou dancinhas rebolativas...
Ao invés de levar informação e arte nos empurram goela abaixo notícias e produtos.

Querem que o país evolua como nação e é isso que nos oferecem como educação?!

(HARD CORE SOFT PORN - DREAMS OF CALIFORNICATION - R.H.C.P - Perdoem os trocadilhos!)

Até aí a coisa não passa de uma brincadeira de criança, mas e doravante?
Ora bolas!

Ela só está sendo influenciada a pensar e agir - viver - como uma pessoa contaminada pelo vírus da banalização... Sim! A banalização da violência, do sexo e do egocentrismo é definitivamente o maior vírus do planeta terra, porque corrompe as mentes (e de fato só estamos vivos por causa delas, do contrário até um cão de estimação seria um dos nossos predadores!) no entanto é isso que nos oferece este mundo...
Nós vivemos constantemente cegos pelos sentidos, hipnotizados pelos desejos e enganados pela banalização, porque já não nos chocamos... O homem pisou na lua, entendeu o DNA e agora assiste ao vivo as guerras civis ao redor do mundo através da internet ou tv digital... (confesso que infelizmente já estive no meio de algumas ao vivo e se estou aqui hoje é porque era pra estar! Bem vindo ao Hell de Janeiro!)

Isso me lembra um trecho muito legal de um som da banda El Efecto...


Nós precisamos de informação para inverter
Eles precisam da ignorância para se manter
Nós precisamos de informação para inverter
Eles precisam entreter para ignoranciar
Nós se movemos parados, nós se falamos calados
Nós sustentamos um desenvolvimento insustentável.
Eles nos movem parados, eles nos falam calados
Eles sustentam um desenvolvimento insustentável

Mas quem são eles? Quem somos nós?
Será que nós é que são eles ou eles que somos nós?
Mas quem são eles? Quem somos nós?
Quanto de nós existe neles e quanto deles existirá em nós?



Na minha opinião a gente sofre mesmo é um bullying F*DIDO!
Mas será que praticamos bullying também?!

É... Já não nos chocamos, e com isso, podemos agir ou se deixar paralizar pelo medo da mudança, pelo conforto do agora! Mas e o agora?

Passou! 'O tempo não para' segundo o mestre Cazuza.

Pode ser perda desse mesmo tempo, pra muita gente, pensar e mudar nossos conceitos e pensamentos, mas é muito melhor do que mentirmos pra nós mesmos quando deixamos de agir por não acreditarmos na mudança... Quando você muda a si mesmo muda algo no mundo, porque você é parte desse mundo... E já que não dá pra mudar os outros você pode mudar a si mesmo...

Bem... É impossível negar... Você mudar sua condição agora... E sabe o porquê? Porque o texto vai terminar e você vai parar de ler... Logo deixou de fazer algo que estava fazendo...

Mudou!


- F2L

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Cidade dos Contrastes

Falando agora de música/fotografia, trago aqui algumas fotos do lançamento do clipe do BDO Mc's, Cidade dos Contrastes , que rolou dia 11/04, na Lapa.

Nyl

Nyl, do Bdo Mc's.

O lugar (que à respeito foi difícil de achar, rs) é um espaço muito maneiro, uma sala de cinema na qual rolam vários tipos de curtas produzidos por alunos do "Nós do Cinema".
A idéia de levar bandas e afins surgiu dos próprios alunos, e além do show também rola o clipe no telão.



Essa menininha, que eu infelizmente ainda não sei o nome, canta pra caramba *-*'

Em breve será a vez do grupo "Sétima Frequência" dar as caras por lá.
A alguns dias atrás fiz uma sessão de fotos dos caras, mas ainda não tive tempo de editar todas...Porém tenho uma que dá pra ter um gostinho do que vem.


Sétima Frequência



E falando em Sétima Frequência, sabe-se por fontes seguras (leia [F2L]) que já está em fase de pré-produção o novo cd...
Porém quem vai falar e dar os detalhes sobre é o Yce :B

Por enquanto é só, até a próxima.

Nanda.


segunda-feira, 6 de abril de 2009

Little Ashes - Sem limites em cenas de sexo?

(clique no pôster para ampliar)

Aos que não sabem, foi produzido um filme chamado Little Ashes, que além de contar a história do jovem Salvador Dali, conta também como o movimento surrealista surgiu, juntamente com o jovem Lorca, e Buñuel.



Atenção: Aqueles que não querem perder a ‘graça’ do filme por não conhecer a historia de Dali, recomendo que não continue lendo, porque talvez eu diga algo que você não sabia e preferia ver no cinema.



O slogan do filme pelo que me pareceu é ‘No limits’ (Sem limites), e de fato, eles exploraram desde o momento em que Dali (Robert Pattinson) conquista Buñuel (Matthew McNulty) com seus quadros, até a homossexualidade de Lorca (Javier Beltran), e inclusive haverá uma cena de sexo homossexual entre Robert Pattinson (Dali), e Javier Beltran (Lorca). A paixão de Lorca por Dali ficará bem clara no filme.



Pattinson disse em entrevista que a cena de “sexo homossexual selvagem” (sim, ele usou essas palavras), foi uma cena difícil de fazer, pois os dois atores são heterossexuais, e acabou que se sentiram ridículos tentando atuar nesse momento.



Aos que não lembram, Robert Pattinson ganhou muita atenção das menininhas no ano passado devido ao filme-adolescente Crepúsculo (Twilight), onde ele interpretava o “vampiro-perfeito” chamado Edward Cullen. Pergunto-me qual será a reação das meninas vendo Robert-Edward-Pattinson em cenas nu em pelo, e em cenas dos mais variados tipos de sexo.

Robert Pattinson como Edward Cullen

Little Ashes foi dirigido por Paul Morrison e escrito por Philippa Goslett. E sua data de estréia nos cinemas gringos é dia 8 de Maio, ainda não há data de estréia prevista para o Brasil. O que é uma pena, pois ao meu ver, vai ser um puta filme!
Visite o site do filme para mais informações Aqui!
Abaixo o trailer legendado.



- Ana Rabbit :)

*Post atualizado pelo erro na data de lançamento, perdão.

domingo, 5 de abril de 2009


Tinha um tempo que eu não ouvia algo tão rock n' roll como isto que
provavelmente vai surpreender meus amigos. Fiquei curioso quando vi quase
sem querer algo sobre a banda de Júnior Lima, aquele da dupla "Jandy & Sunior"
em uma busca no google por algo que não lembro agora.

(Eu achava a duplinha fantástica quando era moleque, e na verdade só por uma
canção de música roque infantil chamada "Eu não tenho tamanho" que era um
desabafo do pequenino Júnior Lima ao mundo cruel... Se você não acredita...
clique AQUI
!)



O que eu acho que vai supreender meus caros colegas é que a banda é MUITO
BOA e praticamente todas as músicas são muito legais. Eu já sabia que o Júnior
tocava batera, mas olha quem mais faz parte da banda: Champignon - Baixo
(Ex-Charlie Brown Jr.), Peu Sousa - Guitarra (Ex-Pitty) e Perí - Vocal, que já
trabalhava com música antes, mas ainda era desconhecido pela maioria do
grande público.



Esse clipe é engraçado!

As letras são muito melhores do que qualquer banda nacional da atualidade no
mainstream, a técnica dos caras é muito legal e foge do convencional, levando
influências de todos os gostos dentro da música brazooca e gringa. O
álbum foi produzido pelo argentino Sebastian Krys, ganhador de onze prêmios
Grammy... E NÃO é METALCORE, NÃO! (Aviso pros sanguinolentos que vão dizer
que é pop rock.) O disco que eles lançaram no fim de 2008 - 9MA - é BEEEEEM
ROQUEMROUL, e me surpreendeu, porque quando ouvi percebi algo que quase
não se vê hoje em dia: os caras tão fazendo um som muito sincero, e na minha
opinião isso interferiu muito no resultado final. Achei um link na net com o álbum
então senhoras e senhores, tirem vocês mesmos suas própias conclusões!

DOWNLOAD

www.myspace.com/novemilanjos
www.novemilanjos.tv.br


sexta-feira, 3 de abril de 2009

De olho na violência gratuita (Cinema)



Se tiver algum cinéfilo de plantão, mando um beijo, um abraço e uma sugestão legal pra quem assim como eu, gosta de debater sobre o cinema. Às vezes me pego num estado insuportável de não calar a boca por estar falando só sobre posicionamentos de câmera, roteiros, e enfim... Tudo. Mas, tenham esperança e podem ficar calmos... Agora encontrei meu lugar para falar tudo o que quero (hahaha).

É o seguinte... Sabe aqueles fóruns que você fica cheio de preguiça em responder formulário (pra poder entrar no fórum) ? Pois é, a preguiça também me atinge... E acabo usando mais fóruns de comunidades no Orkut (tirando aquela “Jogo do Add” – “Gatinhas do RJ”)... Mas como eu ia dizendo; há uma comunidade do Orkut chamada Cinema Olho, onde têm tópicos de TOP 10 Diretores, TOP 10 Filmes, além de um tópico que eu curto bastante que é chamado “O ultimo filme que vi foi...”, onde você expõe sua idéia sobre o filme e ainda dá uma nota pra ele.

O mais interessante da comunidade é que 80% dos membros (276) postam! Então... Se você tem Orkut, e preguiça (e cinéfilo lifestyle), entre na comunidade Cinema Olho, espere o moderador fazer seu papel (em um dia eles já aceitam membros), e seja um crítico de cinema, nem que seja por alguns minutos. O Cinema Olho não está apenas no Orkut, ele também tem Blog.

Vamos falar agora de filmes...



Um filme específico que gerou controvérsia quando estreou por aqui (não em cinemas de grande porte). O filme é FUNNY GAMES (Lindamente traduzido para “Violência Gratuita”, e não estou sendo irônica, o tradutor conseguiu captar a essência do filme ao colocar esse nome). Antes de tudo, para quem não sabe, Funny Games (2007) foi um remake do Funny Games de 1997, pelo mesmo diretor e roteirista: Michael Haneke! Serei sincera, não cheguei a ver o filme de 1997, mas vi o de 2007 e posso dizer que é de se tirar o fôlego.



Os plano-sequência dão uma angustia que você fica esperando, e esperando algo acontecer. E então... Surpresa. Se quiser saber mais, veja o filme! Ele também carrega uma grande crítica social.



Agora vocês se perguntam, por que a controvérsia? Bom, antes de qualquer coisa vou colocar aqui uma cena do filme Laranja Mecânica, e depois uma cena do filme Violência Gratuita. Reparem no figurino.

Laranja Mecânica.

Violência Gratuita.

Pois é, aos que não conheciam Laranja Mecânica, levaram o filme numa boa, e inclusive gostaram bastante. (Eu gostei pra c*r*lh* desse filme E amo Laranja Mecanica), mas os fãs fissurados de Laranja Mecânica quiseram boicotar a estréia de Violência Gratuita no Brasil, só por ter um figurino semelhante, e acredite quando eu digo: Apenas o figurino (esse estilo todo branco) e a idéia que o trailler transmite.



Acho o roteiro, e a direção desse filme simplesmente genial.
Aos interessados, trailer abaixo:
(não julgue esse filme pelo trailer, se quiser ter sua opinião veja).



- Ana Rabbit
(Estudante de Cinema, e Cineasta Independente)

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Cinema, 3D, e Lavoura.


É engraçado e até enfadonho lembrar que a primeira exibição de um filme fez todo o público correr e pedir ajuda, por pensar que um trem havia de fato, saído da parede enquanto hoje em dia, nossa vontade ao ir no cinema é justamente que o filme saia dalí e passe a interagir com todos os telespectadores.

Então, por essa busca em profundidade na imagem, temos uma novidade na área dos cineastas e cinéfilos de plantão: O cinema em 3D está de volta! E ele dá essa profundidade a qual o publico está pedindo...

Então seria mesmo a volta do 3D aos Cinemas, que também irá atrair o público novamente a comer pipoca no cinema (sem baixar filmes na internet) ?É uma grande possibilidade que isso aconteça, porque convenhamos, não seria a mesma coisa ver um filmem 3D sem os óculos... E por falar nos óculos, já viram como eles estão modernos e não se parecem ridículos como aqueles antigos?

(óculos de modelo japonês)

Ao perguntar para alheios como foi a experiência ao ver um filme em 3D, muitos responderam que sentiram tontura, e dor de cabeça. Pois é, são as conseqüências que se paga para mergulhar no filme. É uma questão de tempo, e de costume que vai trazer de volta um grande público ao cinema (através do 3D).

Cinema Nacional, na Lavoura tem salvação.

“E se eu fosse você 2” – Recorde de bilheteria. [?]
Se eu quero ver novela, eu ligo a televisão.

Tem dois tipos de filmes nacionais:
O tipo de filme em que é feito como se fosse uma novela. (Sem generalizar, embora isso pareça uma contradição haha), e os tipo-documentários (Inserir 'Tropa de Elite' aqui; Não que eu tenha desgostado do filme - guardem as pedras - Pelo contrário, adorei. Porém ele se encaixa nessa mania de cineasta brasileiro de fazer filme-estilo-documentário, esquecendo que cinema também serve para entreter e nos tirar de nossa realidade, e esse filme nos insere mais ainda na nossa própria realidade.)

Mas peraí...
Alguém aí já viu um filme chamado LavourArcaica (por Luiz Fernando Carvalho baseado na obra de Raduan Nassar) ? Então procurem nas suas locadoras e saibam que não irão se arrepender!


Vamos aos pontos fortes.

Para quem curte fotografia, vai ficar alucinado em como os enquadramentos ficaram perfeitos, parece que foram pintados. E há vários planos seqüência no filme, o que me deixou mais “esse cara sabe bem o que está fazendo”. Para quem curte uma história densa, vale a pena. Além da atuação do Selton Mello que consegue mostrar amor, angustia desprezo, e raiva em apenas um take.



Em entrevista com o diretor, ele disse que todos da equipe foram morar na locação, e se acostumaram a andar com os figurinos. E outro fator interessante: Ele não seguiu o roteiro, ele seguiu o livro. Cada cena é uma vírgula de Raduan Nassar.



Então, cinema nacional ainda tem salvação, por mais oldie que seja o LavourArcaica.
Abaixo, coloco a cena inicial, só para dar um gostinho...


- Ana Rabbit
(Estudante de Cinema, e Cineasta Independente)

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Música Gigante

E você achava que o Roque Metaleiro não poderia mais surpreender, hã? Então eu vos trago: MASTODON.

Trata-se de uma banda formada em 2000, na cidade de Atlanta, nos Estados Unidos, e que tem Brent Hinds e Bill Kelliher nas guitarras, Troy Sanders no baixo e o incrível Brann Dailor na bateria. Os caras carregam diversas influências na composição de sua música, elas vão do Thrash metal ao Rock progressivo dos anos 70, passando por vertentes do Hardcore e Stoner Rock.

Em inglês, Mastodon é o nome de um gigantesco animal pré-histórico, e parece que esse fascínio da banda por histórias e gigantismos não pára no nome. Suas canções fazem uso de diversas partes, como um imenso e complexo quebra-cabeças. A música que começa com extrema brutalidade pode descambar em um interlúdio extremamente melodioso e vir e desaguar em um mar de psicodelia.

E por falar em mar...








Seus discos são permeados por conceitos, recheados de simbolismo e são, também, interligados, uma vez que cada um deles representa um dos elementos da natureza e faz uso deles como pano de fundo para alguma estória a ser desenrolada por entre as canções.

O disco da foto, por exemplo, se chama Leviathan e tem como elemento a água. A banda baseou-se em Moby Dick, romance de 1851 do escritor norte-americano Herman Melville, que, além de ser um livro que retrata a luta de um humano contra um animal gigantesco, fala sobre a luta do homem racional contra o animal guiado pelo seu instinto de se alimentar, luta onde não há bons, nem maus (ou pelo menos onde os mesmos se confundem). Leviathan em suas 10 músicas, recheadas de peso, baterias intrincadas, compassos quebrados e excentricidade, te transporta para dentro da batalha entre o Capitão Ahab e a gigante baleia branca que dá nome ao livro.

Seu antecessor, que se chama Remission, nos traz o fogo e como tal é uma chama avassaladora que destrói tudo por onde passa. É o álbum mais pesado da banda, é monstruoso e ambienta o caos. É repleto de elementos de Thrash, Death, vocais agressivos e tem seus clarões jazzísticos.

Posterior a isso tudo, seu terceiro álbum narra a odisséia de um aventureiro viajante que busca a crystal skull, que se encontra no topo de uma montanha. Blood mountain é o nome dessa obra e, nela, o Mastodon vai ainda mais além e avança um passo na musicalidade do grupo. Blood mountain traz tudo o que os outros álbuns trouxeram até então, elementos de Thrash e Death metal, passagens jazzísticas e tudo mais, porém a banda se supera e passeia com maestria entre os caminhos que ela mesma traça para si.

Não menos que impressionante é a facilidade com que os músicos estruturam suas imprevisíveis canções. Os vocais, que são compartilhados por Brent Hinds e Troy Sanders, exploram ainda mais intensas linhas melódicas, os interlúdios e os arranjos são incríveis e mostram a versatilidade dos membros da banda. Como se não bastassem os músicos da banda, Blood Mountain conta ainda com as participações especiais de Scott Kelly, do Neurosis, na faixa Crystal Skull, Josh Homme, do Queens of stone Age, na faixa Collony of Birchmen, do Tecladista Isaiah “Ikey” Owens, na faixa Pendolous Skin e do vocalista Cedric Bixler-Zavala do Mars volta, em Siberian Divide.


Seu lançamento mais recente é o indescritível Crack The Skye, que já confunde no elemento temático. A lógica nos levaria a crer que o ar seria abordado nesse álbum, porém o que se tem é o éter. Uma rápida explicação: “Segundo Aristóteles, o mundo é composto de 5 elementos básicos. Ele acreditava nos quatro elementos do planeta: a Água, como Tales, o Ar, como Anaxímenes, o Fogo como Heráclito, a Terra, e um hipotético 5º elemento, o éter, também chamado de quinta-essência ou quintessência, presente no cosmo.”

Segundo Brann Dailor o álbum gira em torno de uma estória que envolveria arte russa, viagem astral, experiência extra-corpórea e as teorias de buraco-de-minhoca de Stephen Hawking (doutor em Cosmologia e um dos mais consagrados físicos teóricos do mundo). Ele diz:
Há um paraplégico e a única maneira de ele ir a qualquer lugar é com viagens astrais. Ele sai de seu corpo para o espaço sideral e, como ícaro, ele chega perto demais do sol e acaba queimando o cordão umbilical que fica preso em seu plexo-solar. Então ele está no espaço, está perdido e se vê preso a um buraco-de-minhoca. Ele termina no reino dos espíritos e os conta que não está, de fato, morto. Eles o enviam à cultura russa, e o usam em uma divinação. Decidem ajudá-lo. Eles colocam sua alma dentro do corpo de Rasputin. Rasputin vai usurpar o Czar e é assassinado. As duas almas saem do corpo de Rasputin através da rachadura no céu e Rasputin é o sábio que está tentando guiar a criança de volta ao lar, corpo, pois seus pais o descobriram e pensam que ele está morto. Rasputin precisa voltar ao seu corpo antes que seja tarde demais. Mas eles acabam encontrando o Diabo no caminho e ele tenta roubar suas almas e levá-los para baixo...há alguns obstáculos no caminho.

Dailor ainda diz que “Crack the Skye” faz referência e paga tributo à sua irmã, Skye Dailor, que cometeu suicídio aos 14 anos.

Musicalmente é o disco mais experimental e psicodélico do grupo, suas 7 faixas viajam e experimentam diversas texturas e ambiências. Temos aqui um disco menos violento e mais melancólico.

“falling from grace

cause i've been away too long

leaving you behind with my lonesome song

now i'm lost in oblivion”.

O Refrão de Oblivion, faixa que abre o album, é exemplo dessa melancolia. Os belíssimos vocais de Brent Hinds passam muito esse sentimento e para isso tem como aliados o belo solo perto do fim da canção e o belíssimo trabalho de harmonia na musica.

Crack The Skye é um disco mais leve, porém não mais acessível, é um disco tão complexo quanto seus antecessores e exige muita atenção do ouvinte. Acontece de tudo nesse registro. A faixa de numero 4 é uma espécie de opera de 11 minutos, dividida em 4 atos.

Mastodon - Divinations
Este é o vídeo mais recente da banda, do álbum "Crack the Skye"


Esse sujeito de preto no meio é Brent Hinds, um bocado encrenqueiro. Em seu currículo costam confusões com o Dream Theater, por causa de uma entrevista, E com o Baixista do System of a Down, Shavo Odadjan, tendo feito-o parar no hospital<.

Então é isso, galera. Essa foi minha estréia aqui no Tecnorganismo. No meu próximo post falarei sobre Design (o outro assunto que me cabe aqui), mais precisamente do artista Paul Romano, o gênio por trás das capas e de toda arte gráfica do Mastodon.

Cidão Oliveira